Liberdade em Duas Rodas

Anos atrás, um estudo científico concluiu que quem pilota motos permanece mais jovem, pois se trata de uma atividade que mantém o cérebro ativo conforme pesquisa realizada pelo neurocientista japonês Ryuta Kawashima em uma investigação realizada na Universidade de Tohoku. Isto se deve ao fato de que motociclistas precisam manter um alto nível de atenção enquanto pilotam, retardando o envelhecimento do corpo e resultando em uma mente mais inteligente por não deixar o cérebro relaxar. O motociclismo é uma modalidade esportiva relacionada à utilização das motocicletas das mais variadas formas. Há quem defenda a existência de diferenças entre motoqueiros e motociclistas. A questão suscita muitas divergências, mas vou tentar abordar algumas controvérsias sobre a questão. Existe uma versão de que os motoqueiros seriam aqueles mais imprudentes na tocada de suas motos, algumas vezes apelidados de cachorros loucos, ultrapassando veículos em alta velocidade, percorrendo corredores formados por automóveis, distribuindo buzinadas, acertando os espelhos de outros veículos, sofrendo mais acidentes, empinando suas motocicletas entre outras estripulias. Já os motociclistas seriam condutores mais conscientes, que praticam a direção defensiva, somente buzinam em caso de necessidade, usam mais equipamentos de segurança entre outras coisas. Entretanto, existe outra versão que atribui que os motoqueiros são condutores de motocicletas de baixas cilindradas, enquanto os motociclistas são condutores de médias e altas cilindradas. Nesta segunda hipótese, imagine qual denominação deveria ser dada a um piloto que possui os dois tipos de motos? Afinal, existem aqueles que possuem uma moto de baixa cilindrada para trabalhar ou rodar nas cidades e também possuem uma moto de média ou alta cilindra para viajar pelas estradas. Isto tudo gera uma confusão enorme na cabeça de algumas pessoas. Tem motociclista que se for chamado de motoqueiro poderá ficar bem estressado. Já o motoqueiro não dá a mínima para o jeito que lhe chamam. No banco de teses da Universidade de São Paulo (USP), aberta para pesquisa ao domínio público inclusive pela Internet, é possível encontrar uma tese de doutorado intitulada: Interdita liberdade em Duas Rodas: juventude e desenvolvimento da indústria motociclística no Brasil (1974-2000). O conteúdo aborda o período do surgimento da marca Yamaha no país em 1974, mesma data que a revista Duas Rodas foi lançada. Esta pesquisa realizou interessantes estudos baseados em relevantes bibliografias que chamam a atenção principalmente sobre a designação: Motoqueiro. Contudo, será que o piloto que se denomina motociclista não foi motoqueiro algum dia? Será que não existem motoqueiros com o mesmo comportamento que os motociclistas julgam possuir? Será que não existem motociclistas que têm condutas que são atribuídas à maioria dos motoqueiros? Essas questões continuarão a ressoar no meio motociclístico por muitas décadas ainda. Outra publicação interessante encontrada na rede mundial de computadores é o artigo científico intitulado: O Efeito da Linguagem Subliminar no Design das Motocicletas, publicado por um Engenheiro Mecânico Professor da Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie em co-autoria com um Pesquisador da USP. O estudo faz uma análise sobre vários aspectos que envolvem o design das motocicletas, inclusive sobre a beleza da textura baseada na mulher. Talvez seja por isso que diversos pilotos de forma subconsciente apelidam suas motos com codinomes femininos. Inclusive, motocicletas chegam a ser denominadas como “amantes” por alguns motociclistas pelo menos pelos seguintes aspectos: I) concedem muito prazer nos caminhos percorridos; II) investe-se tempo e dinheiro para mantê-las; III) o cônjuge de quem as possuem geralmente têm ciúmes de tudo isto. Existe uma discussão instalada por aí sobre os têm preferências por carros ou motos. Os motociclistas afirmam que com carro você apenas vê a paisagem, já de moto você faz parte dela. Acha-se de tudo neste meio, os que preferem rodar com suas motos no sol escaldante da primavera e verão ou os que têm preferência pelo período de maior ausência de chuvas do outono e inverno. Já os melhores motociclistas gostam de rodar o ano inteiro, faça chuva ou faça sol. Reúnem-se em Moto Clubes, Moto Grupos ou simplesmente grupos de amigos. Sou filiado ao Moto Clube Bodes do Asfalto (MCBDA), fundado há mais de uma década presente em 11 países, 27 Estados do Brasil, em aproximadamente 1280 cidades com facções constituídas em 245 cidades/regiões, tendo recebido o certificado de maior Moto Clube do Brasil.

 

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Vídeo 1  (Cunha)

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Vídeo 11 (Delfim Moreira)

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